Procuram-se cristãos maduros

"Mesmo depois da ascensão de Jesus Cristo aos céus e de milhares de anos de história do cristianismo, os cristãos atuais ainda correm atrás de maturidade, alguns sem muito sucesso. Tal busca já deveria ter terminado para a maioria dos cristãos há muito tempo atrás. Parece incrível, mas, mesmo depois de tanto tempo, com o avançar dos dias, ainda precisamos orar por cristãos maduros que desenvolvam bem a missão integral (todo o evangelho, em todo o mundo, para o ser humano todo) ensinada e transferida por Jesus aos apóstolos e posteriormente à igreja cristã.
Os cristãos precisam tanto de maturidade afetiva, bem como de maturidade espiritual. A primeira está ligada à segunda de forma muito íntima. Sem essa parceria nosso testemunho tende a fracassar diante da sociedade. Já deveríamos saber não só responder com maturidade, mas também agir com maturidade frente aos desafios contemporâneos. Entretanto, infelizmente, não é assim que o mundo nos tem visto.
Tanto a maturidade afetiva como a espiritual, devem ser medidas pela mudança na personalidade e no comportamento. Nenhuma delas pode ser avaliada pelo fato de alguém ter terminado a faculdade, por ter tido sucesso profissional, por ser idoso, por ter "muito tempo de igreja" ou se casou e teve filhos "saudáveis". Como podemos perceber, neste caso, a maturidade permeia a personalidade e não as conquistas intelectuais, familiares e materiais que alguém pode ter. Notem o que escreveu Rafael Liano Cifuentes sobre a maturidade: "Mesmo em pessoas de alto nível intelectual, ocorre um autêntico analfabetismo afetivo: são indíviduos truncados, incompletos, mal formados, imaturos; estão preparados para trabalhar de forma eficiente, mas são absolutamente incapazes de amar". "A pessoa afetivamente imatura desconhece que os sentimentos não são estáticos, mas dinâmicos. São suscetíveis de melhora e devem ser cultivados no viver quotidiano. São como plantas delicadas que precisam ser regadas diariamente".
"Uma pessoa madura tem a capacidade de levar em frente, apesar de toda oposição que possa sofrer, um projeto que Deus colocou em suas mãos. Os imaturos, ao contrário das pessoas maduras, desistem dos objetivos de Deus com muita facilidade."
Os cristãos espiritualmente imaturos não manifestam nenhuma das características de um caráter modificado. Eles continuam pecando habitualmente. Sua vontade e desejos ainda não estão exclusivamente a serviço do Senhor. Continuam com o mesmo tipo de comportamento malicioso de sempre, demonstrando as mesmas características daquela personalidade má de antes quando ainda sentiam satisfação na vida pecaminosa que levavam.
Alguém até poderia argumentar que precisa de tempo para amadurecer espiritualmente e afetivamente. Não discordo, porém devemos buscar a ambas com toda a força que tivermos, entendendo o quanto elas são essenciais à vida cristã que agrada a Deus, pois ninguém será usado por Deus, como Ele deseja, sem antes ter alcançado a maturidade. A medida de nossa maturidade será a mesma medida com a qual Deus nos usará em seu reino. E graças a Deus, a maturidade não depende da velhice, prosperidade financeira, profissional ou intelectual. Ela depende de o quanto permitimos o Espírito Santo trabalhar em nosso caráter.
Portanto, o objetivo de Deus para nós é que nos tornemos pessoas extremamente sensatas em nossas decisões e atitudes e assim, então, possamos usufruir de todos os benefícios que a maturidade nos oferece. Por quê Deus investiria tanto numa pessoa madura? Porque uma pessoa madura tem a capacidade de levar em frente, apesar de toda oposição que possa sofrer, um projeto que Deus colocou em suas mãos. Os imaturos, ao contrário das pessoas maduras, desistem dos objetivos de Deus com muita facilidade.
Não importa o quanto já amadurecemos ou não, desde que tenhamos a coragem de encarar a realidade e aceitar que, na maioria das vezes, temos agido de forma imatura quando estamos diante das pessoas. Isso acontece, porque somos individualistas e orgulhosos espiritualmente e quase sempre estamos preocupados conosco mesmos e não pensamos no grau de influência que as nossas atitudes, negativas ou positivas, tem na vida do outro. Este tipo de conscientização nos levará a enxergar a vida com mais lucidez e sabedoria evitando o nosso sofrimento e o sofrimento daqueles a quem dizemos amar tanto."
Esse texto foi escrito pelo Pr. Levi da PIB de São Gonçalo, retirado do
boletim informativo do mês de junho de 2008 - Nº 01.
Marcadores: , | edit post
  • Seguidores